Manhã de domingo, eu, só, inquieto e a tela em frente a mim.
Gosto de pasta de dente na boca, espero o corpo finalmente
acordar
e então decidir, corro ou não, fico aqui a jiboiar o café
pão queijo gostosos
ou leio de cabo a rabo o gordo jornal de domingo
que adora me impacientar, assim como aquietar?
São tantos paradoxos, são tantos satãs e deuses em mim
e ainda tem os livros também...
Vários, variações sobre o mesmo tema:
masculino feminino amor encontro desencontro,
nada foge disso e sempre entremeado de medos.
Sou prisioneiro e eterno fugitivo: penso, logo fujo,
sinto porque existo e,
ora lamento e choro, ora me regozijo e gozo
essa condição humana tão limitada e ampla,
que me faço vira-lata e vou ao teu quintal:
não tenho coleira nem casa, não tenho muros a me cercar,
então entro por tua janela e te vejo nua a despertar.
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